Design Instrucional: na prática

Design Instrucional

Desenho, ou design instrucional, designa a ação sistemática que envolve o planejamento, o desenvolvimento e a utilização de peculiaridades didáticas que facilitem a aprendizagem. De sua ação resultam condições adequadas para a aprendizagem e materiais didáticos que apoiam essa ação.

 

O que é design instrucional?

O design instrucional na sua forma mais simples é uma metodologia de planejamento educacional, uma referência para produzir uma variedade de materiais educativos adequados às necessidades dos alunos e capazes de garantir a qualidade da educação.

Assim sendo, o termo design está relacionado ao resultado de um processo ou de uma atividade cujos objetivos estão bem definidos (um produto). Já o termo instrução se refere à atividade de ensino na qual utilizamos a comunicação para favorecer a aprendizagem.

Portanto, o design instrucional diz respeito a ação voltada para o ensino que contempla o planejamento, desenvolvimento, implementação e avaliação com a intenção de promover a aprendizagem.

O processo de DI contempla:

  • formato do curso;
  • abordagem pedagógica;
  • análise contextual;
  • matriz de design instrucional;
  • autoria e/ou curadoria de material didático e
  • avaliação.

 

Por que este tema é importante?

Para criar um curso ou treinamento é importante levar em consideração o público-alvo, ou seja, os alunos. E é através do conhecimento acerca do público-alvo e de seus interesses que um curso é desenhado ou projetado.

Portanto, o design instrucional tem como premissa a criação de cursos que sejam verdadeiras experiências de aprendizagem. E quando um curso é bem projetado, com certeza o seu nível de retenção é maior.

 

O profissional do design instrucional: designer instrucional

O designer instrucional é o profissional que pensa didaticamente como o conteúdo deve ser organizado de maneira que facilite o estudo pelo aluno, considerando os estilos de aprendizagem e que favoreça ao aluno progredir ou ainda revisar o conteúdo, com liberdade em determinado módulo ou unidade do curso, ou de modo totalmente livre.

Portanto é o profissional responsável por planejar, coordenar, implementar e avaliar cursos.

Quais são os objetivos deste profissional?

  1. Identificar o público-alvo;
  2. Delimitar  objetivos e
  3. Realizar a análise contextual.

De que forma estes objetivos são alcançados?

  1. Delimitando os objetivos de aprendizagem;
  2. Planejando as instruções do curso ou treinamento;
  3. Escolhendo e avaliando metodologias e abordagens pedagógicas e
  4. Produzindo ou realizando a curadoria de material instrucional.

Como avaliar se os objetivos foram atingidos?

  1. Através de um processo de avaliação;
  2. Estabelecendo indicadores consistentes e
  3. Usando técnicas de Learning Analytics.

 

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Design instrucional na prática

Um dos modelos mais tradicionais para o design instrucional  é o ADDIE (análise-desenho-desenvolvimento-implementação-avaliação).

Assim sendo, durante a análise, serão realizados os levantamentos que fornecerão as bases para o sucesso do projeto. Nesse contexto, caberão particularmente os procedimentos visando identificar as necessidades daqueles a quem os recursos se destinam. Para tanto, a caracterização do público-alvo, incluindo-se as formas como seus integrantes aprendem e como lidam com as mídias e tecnologias com as quais manterão contato, deverá ser minuciosamente considerada.

Já na fase de desenho caracteriza-se pelo estabelecimento dos objetivos de aprendizagem e, a partir deles, como serão disponibilizados os conteúdos, as formas de interação, granularidade, atividades, feedback, formas de avaliação, escolha das mídias e tecnologias. Estabelecidos estes parâmetros, chega-se à fase de operacionalização da criação.

Portanto, desenvolver um curso é uma ação que requer cuidados, preparação prévia e especial, atenção às teorias pedagógicas, preparação e concepção do material didático e das atividades avaliativas. 

E finalmente, a fase de implementação é justamente articular uma gestão de todas as atividades elencadas no processo de design instrucional e dos atores envolvidos.

Depois de implementado é necessário avaliar e portanto, escolher as estratégias para avaliar a aprendizagem e o curso em geral.

 

Experiência de Aprendizagem

Uma experiência de aprendizagem significativa é aquela que considera os conhecimentos, habilidades e experiências anteriores. E não só considerar o antes, mas agregar ideias e conceitos novos gerando a aprendizagem significativa.

Então, como facilitar aprendizagem? Faça as seguintes perguntas ao planejar qualquer experiência de aprendizagem:

  1. O aprendiz está envolvido na solução de problemas reais?
  2. São ativadas experiências relevantes anteriores?
  3. Novos conhecimentos e habilidades são demonstrados ao aprendiz?
  4. Novos conhecimentos ou habilidades são aplicados pelo aprendiz?
  5. Novos conhecimentos são integrados ao mundo do aprendiz?

Portanto, pense na sua experiência de aprendizagem como algo concreto, reflexivo, abstrato e ativo. E além destes requisitos estabeleça objetivos de aprendizagem realistas e mensuráveis.

 

Autoria e Curadoria de Conteúdo

Uma das fases do design instrucional está no desenvolvimento da sua matriz de design instrucional. E neste ponto as técnicas para autoria e curadoria de conteúdo.

Ao fazer autoria ou curadoria de conteúdo pense em estratégias como:

  • Relevância e Motivação.
  • Densidade.
  • Linguagem.
  • Mídias.
  • Apresentação Visual.

Relevância e Motivação

  1. Enfatize o que deve ser aprendido;
  2. Evite afastar-se das questões não essenciais;
  3. Torne o texto relevante;
  4. Utilize exemplos motivadores e
  5. Acrescente perguntas que exijam reflexão e desenvolvimento das atividades. 

Densidade

  1. Vá do conhecido para o desconhecido;
  2. Introduza, cuidadosamente os novos conceitos;
  3. Acrescente um glossário se for necessário e
  4. Concretize todos os conceitos através de exemplos específicos.

Linguagem

  1. Dialógica;
  2. Fale diretamente com seus estudantes;
  3. Seja amigável e encorajador;
  4. Promova o diálogo e
  5. Envolva os estudantes através de argumentos e desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo.

Mídias

  1. Destaque pontos importantes através de imagens;
  2. Use mapas conceituais, infográficos e outros;
  3. Símbolos, ícones, emojis, memes e
  4. Cuide bem da formatação do texto: tamanho, estilo e outros.

Apresentação Visual

  1. Utilize paginação;
  2. Mais é menos e
  3. Evite o excesso de imagens e mídias.

Na curadoria de conteúdo pense em usar REA (recursos educacionais abertos), materiais destinados ao ensino, aprendizado e pesquisa que são de domínio público ou licenciados de forma aberta, e que podem ser utilizados, modificados e divulgados.

Portanto, ao pensar em estratégia de produção de conteúdo se envolva com objetos de aprendizagem que são recursos digitais, usados para a apoiar a aprendizagem.

 

Avaliação

Avaliar é uma ação processual de coleta de dados sejam quantitativos ou qualitativos conforme critérios previamente estabelecidos que visam conhecer e aprimorar o processo de ensino e aprendizagem. Portanto, avaliar é preciso!

Pense em uma avaliação sistêmica da aprendizagem. Estabeleça quando, o quê e como avaliar?

 

Quando? Ao longo do processo de ensino e aprendizagem.

O quê? Avaliar se os objetivos de aprendizagem foram atingidos.

Como? Por meio de instrumentos diversificados.

 

Existem vários modelos de avaliação:

  • diagnóstica
  • somativa
  • formativa

Ao avaliar faça um elo entre os objetivos de aprendizagem e o conteúdo trabalho e escolha o modelo de avaliação com o seu respectivo instrumento.

Quais instrumentos escolher?

  1. provas: teóricas e práticas; escrita e oral;
  2. seminários (em grupo ou individual);
  3. trabalhos: pesquisas, relatórios, projetos;
  4. resumo ou resenha;
  5. atividades em classe ou online (fóruns e wikis);
  6. cadernos;
  7. portfólios;
  8. diário de aprendizagem;
  9. participação em aulas ou atividades;
  10. autoavaliação.

 

Learning Analytics

O learning analytics é uma técnica para extrair dados de diferentes fontes de dados, compilar este dados, interpretar e analisar. O grande objetivo é melhorar a aprendizagem, obter feedback constante, tratar questões relacionadas a retenção e outras.

Algumas plataformas de aprendizagem já oferecem dashboards com os dados relevantes para que se possa fazer análises assertivas e retroalimentar o processo de ensino e aprendizagem. Estas plataformas permitem detectar estudantes com déficits de aprendizagem e aperfeiçoar ou desenvolver novos modelos pedagógicos.

 

Conclusão

Concluímos que o  DI  é  definido  como  um  processo  de  identificação  de problemas  de  aprendizagem  e,  conseqüentemente,  o  desenho,  implementação e acompanhamento das soluções arquitetadas para este problema.

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Neste curso você aprenderá, da teoria  à prática como analisar, desenhar, desenvolver, implementar e avaliar um curso ou treinamento por meio do design instrucional. Serão apresentadas várias ferramentas e metodologias.

O curso foi todo desenhado tendo como base a metodologia de aprendizagem baseada em projetos. Portanto, ao concluí-lo, você terá o seu próprio curso ou treinamento totalmente projetado e implementado para lançá-lo em uma plataforma de marketing e venda de cursos.

 

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Leandra Mendes do Vale é graduada em “Ciência da Computação”, especialista em “Desenvolvimento JAVA” e em “Educação a Distância” e mestre em “Engenharia Elétrica”.  Tem experiência na área de gestão acadêmica e desenvolvimento de software. Atualmente é Diretora de TI na LS Informática, professora e coordenadora da EaD do IMEPAC Araguari.

 

One Reply to “Design Instrucional: na prática”

  1. Parabéns pelo conteúdo deste blog, fez um ótimo
    trabalho!
    Gostei muito.
    um grande abraço!!!

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