Aulas online: como implementar de forma prática e efetiva?

Aulas online nas escolas

Em tempos de mudanças emergentes e urgentes na prática pedagógica é preciso levar as aulas presenciais para o modelo online. Portanto, propomos uma transformação digital com metodologias e práticas efetivas

Neste post vamos levar até você, professor, uma metodologia e alguns exemplos de ferramentas digitais de comunicação e informação para que se possa enfrentar os desafios da educação mediada por TICs.⁠

Todos nós sabemos que algumas escolas já estavam preparadas para o uso das TICs, outras nem tanto e outras não sabem nem por onde começar. ⁠Então, o objetivo aqui é auxiliar as escolas a entrarem na era da transformação digital.⁠

Para começar a falar em transformação digital, temos que primeiro entender quais são os aspectos essenciais a serem considerados neste cenário.⁠

1- Comunicação⁠

2- Modelo online⁠

3- Ferramentas⁠

4- Plataformas⁠

Fique ligado aqui que nos próximos tópicos abordaremos cada um destes aspectos com dicas interessantes e aplicáveis com tranquilidade ao seu cenário.⁠ E para começar, vamos apresentar o modelo TPM (Terreno-Prática-Monitoramento) desenvolvido pela Fluência Digital e aderente ao cenário atual face a urgência em entrar no universo de aulas online.

 

Modelo TPM

Este modelo foi elaborado a partir da simplicidade que se pretende propor para implementar de forma prática e efetiva a migração das aulas presenciais para o online. 

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(T) Terreno

Antes de se propor qualquer alteração é necessário conhecer o terreno em que se está inserido, ou seja, o quanto a sua escola e a comunidade acadêmica estão preparadas para uma transformação digital.

Portanto, é importante avaliar o terreno considerando aspectos como infraestrutura tecnológica de toda a comunidade acadêmica: professores e estudantes. E como avaliar? Simples! Pesquisando os itens abaixo relacionados:

  • Qual tipo de dispositivo você possui em casa? Notebook ou Computador de Mesa (Desktop); Celular Android; Celular iPhone ou não possui equipamentos.

 

  • Com relação a seu acesso à internet. Você utiliza: Internet Banda Larga (Fibra óptica, Velox, rádio); Apenas 4G ou 3G (dados móveis); Internet rural ou outro tipo de acesso.

 

  • Você tem impressora? Caso não tenha, possui outro local para imprimir? 

 

Também é importante conhecer em uma escala de 1 a 5 ou de 1 a 10 qual o nível de conhecimento em Informática, seja do estudante, ou dos responsáveis que irão fazer o papel de tutor durante este processo.

Portanto, conhecer o terreno nada mais é do que conhecer o nível de fluência digital e equipamentos que a comunidade acadêmica tem a disposição para este momento de migração do modelo presencial para o online.

 

(P) Prática

Depois de reconhecido o terreno é partir para a prática efetiva, ou seja:

  • estabelecer um modelo, 
  • selecionar ferramentas, 
  • capacitar os professores, 
  • planejar a entrega do conteúdo e 
  • finalmente executar com excelência.

 

Modelo

O modelo deve ser escolhido dentre aqueles em que a escola já está acostumada a aplicar no presencial. Um modelo sugerido para este momento de migração do presencial para o online é a Sala de Aula Invertida. Na imagem abaixo veja um esquema de separação entre os momentos de pré-aula, aula e pós-aula.

 

sala de aula invertida modelo

Assim sendo, é possível encaminhar o conteúdo ao aluno previamente, ou seja antes da aula através de textos, vídeos e ou outros objetos de aprendizagem para que o estudante se situe previamente no conteúdo. 

Para a aula, é interessante que se mantenha o horário regular através de um encontro síncrono com os estudantes, usando ferramentas de Webconferência. Neste momento pode ser fazer a exposição de algum conteúdo, tirar dúvidas e resolver exercícios. Enfim, é o momento em que o professor se relaciona online com a turma.

E na pós-aula?  Na pós-aula é o momento em que se fará uma fixação do conteúdo exposto, como exercícios, atividades, trabalhos e até mesmo acesso a outros conteúdos. 

Outra dica importante é optar sempre pela simplicidade em um momento em que a urgência fala mais alto. Portanto, manter o calendário e horário de aulas como já estabelecido no presencial é um dos pontos chaves de sucesso.

Também estabeleça uma rota de aprendizagem que deverá ser dividida em momentos online e offline. O momento online é aquele momento em que o estudante deverá ter a presença do professor, já o offline é o que o aluno deverá fazer como tarefa de casa, antes ou após a aula online.

 

Modelo prático #1:

momento offline

– vídeo aula gravada (narrada ou não)

– leitura no livro didático e/ou apostila

– exercícios preliminares

 

momento online

– Webconferência: resumo do conteúdo, dúvidas….

– resolução e correção dos exercícios preliminares

 

momento offline

– exercícios de fixação com entrega online

 

Modelo prático #2:

momento online

– Webconferência: aula, exercícios, exemplos, dúvidas

 

momento offline

– fórum de dúvidas

– exercícios de fixação com entrega online

 

Finalmente, socialize a rota escolhida com os pais e estudantes, pois estudar online exige calma, tranquilidade, autonomia e muito, muito planejamento.

 

Ferramentas

Para este processo de migração do modelo presencial para o online, a escolha das ferramentas é muito importante. Existem duas classes de ferramentas:

  • as de comunicação e 
  • as apropriadas para as aulas. 

 

Comunicação

O primeiro ponto que a gestão escolar deve ser preocupar com a transformação digital é a comunicação. Entendemos por comunicação como a troca efetiva de informação entre dois ou mais interlocutores.

Portanto, a comunicação deve ser efetiva em todos os canais da escola. Cada tipo de comunicação deve ser direcionado para um determinado canal, para que esta chegue efetivamente ao destinatário.

Em tempos de muita informação, a comunicação se torna cansativa. Então, selecione os canais de comunicação mais importantes e classifique o que será veiculado em cada um deles.

Se a sua escola já usa frequentemente as redes sociais, mantenha! Procure colocar lá informações gerais como horário de funcionamento, telefones de plantão, temas que motivem os alunos a estudar em casa, dicas de livros, filmes, séries e jogos. Procure direcionar a estes canais uma comunicação leve que reforce o acolhimento da escola e ao mesmo tempo informe.

É importante, neste momento, que a escola crie canais menores de comunicação, como os grupos de Whatsapp. Então, que tal cada turma ter o seu grupo de comunicação com seus professores? E por que o Whatsapp? Porque é rápido! Mas atente-se para criar regras básicas de funcionamento do grupo. Implante o famoso acordo pedagógico! Este grupo seria utilizado para avisos rápidos como a disponibilização de materiais de aulas e atividades a serem realizadas. Não aconselho a ministrar aulas online por este canal, pois as aulas online precisam ter uma estrutura mais organizada e seguir um rigor metodológico.

Outro canal importante é a Webconferência. Ela pode ser utilizada como ferramenta síncrona para as aulas online e também para reuniões. Planeje reuniões com os pais, professores e com os estudantes, por que não? 

 

Aulas online 

Antes de começar a enviar atividades aos alunos por meio dos grupos de Whatsapp, e-mail e outras ferramentas, pare e pense: quais recursos e ferramentas a minha escola já usa e que eu posso também utilizar para minhas aulas online?

A escola precisa determinar um modelo institucional para cada nível educacional que ela atenda. Não quero aqui estabelecer “o modelo” como algo rígido, mas sim como norteador do processo.

Para entrar no universo das aulas online é preciso ter muita clareza com relação ao percurso pedagógico, a trilha de aprendizagem, as atividades a serem realizadas e além do mais o tempo necessário para realizar cada uma delas.

Para as aulas é importante escolher ferramentas amigáveis, de fácil acesso, que exigem poucos recursos e baixa fluência digital. 

Os vídeos podem ser gravados com a ferramenta Active Presenter, por exemplo e podem ser armazenados no youtube. Esta arquitetura facilita o envio dos links para grupos de Whatsapp e outras ferramentas de comunicação. Além do mais, o youtube é uma ferramenta apropriada para fazer com excelência o stream de vídeo. Para a Webconferência use o aplicativo Zoom, Skype ou o Google Meeting.

 

Capacitação

A migração pode ser urgente, mas a capacitação é necessária. Uma dica interessante é desenvolver tutoriais de uso das ferramentas tanto para professores quanto para os estudantes.

Além dos tutoriais é importante ressaltar boas práticas para o uso de cada uma delas como por exemplo, para a gravação de vídeo-aulas e Webconferência:

  • atente-se para o tipo de conteúdo;
  • cenário, iluminação e som;
  • ferramentas: slides, quadro branco (online ou físico), folhas de papel

 

Planejamento

Planejar é preciso e portanto, é importante manter o calendário regular de dias letivos, manter o horário de aulas e conjugar as turmas para a Webconferência. E mais do que planejar é preciso comunicar de forma efetiva. Portanto comunicar com clareza! Sugiro aqui a elaboração de um guia de estudos semanais aos alunos para que eles se organizem em relação a pré-aula, aula e pós-aula.

Ficou interessado em nosso “Guia de Estudos”, cadastre-se abaixo e receba o modelo por e-mail:


Execução

Para colocar em execução a sua prática escolhida é importante: 

  • comunicar aos alunos e pais a metodologia;
  • deixar claro as ferramentas e necessidades tecnológicas;
  • apresentar o guia de estudos e
  • ressaltar a importância da autonomia do aluno e da organização dos estudos.

 

Planeje e execute tudo com muita tranquilidade no processo, pois a mudança da zona de conforto é evidente. E é sabido que qualquer mudança gera desconforto e insegurança. Portanto, a palavra de ordem é “TRANQUILIDADE”.

 

(M) Monitoramento

E finalmente, o último elemento do modelo TPM, o monitoramento. Monitorar neste caso significa avaliar aula a aula e extrair através de questionários a percepção dos estudantes com relação ao processo. 

Monitorar também está relacionado a avaliação do processo, o repensar das práticas, agir sempre em torno de propostas de mudanças significativas que agreguem valor, que gerem experiências inusitadas de aprendizagem. 

Portanto, é importante que haja um diálogo institucional acerca de todos os pontos negativos e positivos. Analise profundamente a execução da prática instituída na migração do modelo de aulas presenciais para o online.

 

Conclusão

migração presencial para online

A comunicação será o ponto central de entrada do processo, depois o guia de estudos norteará o processo de ensino e aprendizagem, levando o estudante a se situar, planejar, organizar e realmente protagonizar. 

Finalmente monitorar, avaliar, repensar e agir. E não se esqueça de que o guia de estudos deve contemplar o modelo de aulas online escolhido.  Se o modelo escolhido for a sala de aula invertida contemple os elementos da pré-aula, aula e pós-aula.

 

Sucesso na sua migração! Conte mais um pouco sobre o modelo que sua escolha escolheu!!! Vamos compartilhar experiências.

 

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Leandra Mendes do Vale é graduada em “Ciência da Computação”, especialista em “Desenvolvimento JAVA” e em “Educação a Distância” e mestre em “Engenharia Elétrica”.  Tem experiência na área de gestão acadêmica e desenvolvimento de software. Atualmente é Diretora de TI na LS Informática, professora e coordenadora da EaD do IMEPAC Araguari.

 

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