Competência Cultura Digital da BNCC
Este post trata da competência Cultura Digital da BNCC, pois esta é um dos grandes desafios da escola na atualidade. Além das competências relacionadas como tecnologia digital e pensamento computacional. O desafio está no fato de que estes não são temas comumente trabalhados em cursos de formação de professores.
E por não estar na sua formação básica, a grande maioria dos professores se assusta com esta demanda oriunda da nova BNCC (base nacional comum curricular). A BNCC apresenta a cultura digital como sendo uma das competências gerais que trata exatamente da:
- compreensão,
- utilização e
- criação de tecnologias digitais de informação e comunicação.
Essa compreensão, uso e criação de tecnologias digitais deve ser realizada de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais. Os alunos deverão, portanto, aprender:
- a se comunicar,
- acessar e disseminar informações,
- produzir conhecimentos,
- resolver problemas e
- exercer protagonismo na vida pessoal e coletiva.
Portanto, ao estabelecer esta competência dentro da BNCC reconhece-se que o aluno deve ser capaz de dominar o universo digital. Lembrando que o domínio do universo digital precisa ser pautado na ética e na total consciência dos impactos da tecnologia na sociedade.
Currículo de Tecnologia e Computação
Partindo da premissa do desconhecido e da necessidade de colocar em prática esta competência, o CIEB (Centro de Inovação para a Educação Brasileira) propôs um currículo de tecnologia e computação. O CIEB estabeleceu três grandes eixos para trabalhar a cultura digital:
- a cultura digital propriamente dita;
- tecnologia digital e
- pensamento computacional.
Já no currículo do CIEB a competência da cultura digital remete-se às relações humanas fortemente mediadas por tecnologias e comunicações por meio digital, aproximando-se de outros conceitos como sociedade da informação, cibercultura e revolução digital.
Nesse contexto, a compreensão de textos narrativos, sejam verbais ou não verbais, requer análise e interpretação das informações recebidas, bem como reconhecimento dos diferentes tipos de mídias envolvidas.
Assim sendo, a competência da cultura digital foi dividida em três conceitos:
- Letramento Digital: modos de ler e escrever em contextos digitais;
- Cidadania Digital: uso responsável da tecnologia pelas pessoas;
- Tecnologia e Sociedade: avanços das TDICs e o significado disso para as pessoas.
Letramento Digital
O Letramento Digital, conforme o currículo do CIEB, se refere aos multiletramentos ou modos de ler e escrever e interpretar informações, códigos e sinais, verbais e não verbais, com o uso do computador e demais dispositivos digitais.
Aborda o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas ao uso dos recursos digitais com proficiência. Além das práticas socioculturais e os sentidos e reflexões sobre a humanidade e o uso de tecnologia.
Portanto, uma atividade interessante para abordar este conceito é estimular os alunos a produzirem um curta-metragem através de releituras de outras obras incluindo elementos que permitam ao aluno usar os recursos digitais com proficiência. Dentro desta linha de atividades, que tal as histórias em quadrinhos?
Cidadania Digital
Já o CIEB abordou o conceito de cidadania digital como o uso responsável da tecnologia pelas pessoas e contribui para o uso adequado das inovações tecnológicas que surgem ao nosso redor. Inclui temas como acesso digital, comunicação digital, alfabetização digital, direito digital, responsabilidade digital, segurança digital etc.
E que tal criar a cultura do monitor digital, aquele responsável por um núcleo de disseminação da tecnologia na escola? Outro aspecto interessante de ser trabalhado dentro deste conceito é o uso consciente das ferramentas disponíveis na internet como as redes sociais, por exemplo.
Tecnologia e Sociedade
Tecnologia e Sociedade trata dos avanços das tecnologias da informação e comunicação e os novos desafios para os indivíduos na sociedade, segundo o CIEB. Este conceito aborda a tecnologia que transforma não só as formas de comunicação, mas também as formas de trabalhar, decidir, pensar e viver.
Como sugestão de atividade deixo a criação de um mural online com as principais transformações e impactos da tecnologia na sociedade. Seria interessante ver a evolução e revolução causada pela tecnologia.
Identidade Docente
Neste cenário proposto pela BNCC e pelo currículo de referência do CIEB é preciso repensar a construção da identidade docente como contribuição para a qualidade da educação.
Portanto, é impossível não considerar a importância do papel docente e de sua formação neste cenário inovador e em constante mudança. Portanto, não devemos pensar apenas em quais habilidades os docentes devem desenvolver, mas como ele deve repensar sua prática a partir deste novo cenário
Assim sendo, o primeiro passo é encarar as transformações como oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. O foco do docente agora é mirar seus processos de ensino no “learning by doing”, ou seja “aprender fazendo”.
Será no dia a dia, em sala de aula, fazendo seu planejamento que o docente irá encontrar os caminhos para trabalhar as competências gerais da BNCC relacionadas a cultura digital com seus alunos.
Considerando que o grande desafio do docente será o aprender enquanto faz, uma adaptação rápida a este novo cenário se faz necessária. E esta adaptação fará parte da rotina, pois o cenário atual está em constante transformação. Fique atento, pois o cenário é volátil, incerto, complexo e ambíguo.
Fluência Digital
Além do aprender fazendo é importante também pensar em uma formação adequada para trabalhar neste novo cenário da Educação. Cada vez mais será necessário fazer o uso de metodologias ativas. O uso das metodologias ativas colocam o aluno no centro da aprendizagem e o professor como mediador.
Várias metodologias ativas integram o ensino online com o offline, e portanto o docente terá que ter fluência digital que é a habilidade de usar recursos tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem.
Falar em fluência não é considerar o uso básico de computadores e Internet. Vai além deste domínio básico, passando pelo letramento digital até atingir o escopo de como aplicar e usar as tecnologias de modo consciente e criativo produzindo conhecimento.
Na literatura, fluência digital é definida como a capacidade de reformular conhecimentos. Além de expressar-se de forma criativa e com propriedade produzindo e gerando informações.
O consenso sobre fluência digital é que qualquer pessoa que tenha essa habilidade é capaz de usar os recursos tecnológicos para a resolução de problemas. Portanto, a fluência digital é uma importante aliada ao processo de ensino e aprendizagem, pois fomenta a aprendizagem significativa.
Ferramentas Digitais
Para trabalhar as exigências da BNCC e desenvolver habilidades nos alunos é preciso conhecer as ferramentas digitais que se tem a disposição. E não só conhecer, mas se capacitar. A descoberta mais importante diante da escolha da ferramenta é encontrar uma prática pedagógica que aumente, modifique e ressignifique o uso desta.
Usar uma ferramenta, só por usar, não irá atingir os objetivos desejados. Assim, existem por aí algumas ferramentas digitais importantes que auxiliam na:
- produção de infográficos,
- elaboração de mapas mentais,
- editores de texto,
- ferramentas multimídias e
- tantas outras.
Se você não sabe ainda como usar algumas destas ferramenta acima, veja os nossos cursos totalmente online! Os cursos são super práticos e focados no assunto. Além de valores bem acessíveis!
Para usar essas ferramentas é necessário que o professor seja um professor fluente digitalmente. Como contribuição, nós aqui da Fluência Digital preparamos um ebook de presente para você, professor.
Este ebook faz um elo entre as 10 competências gerais da BNCC e exemplos de recursos tecnológicos. E você professor poderá potencializar seu trabalho em sala de aula usando estes recursos.
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Portanto, coloque sempre em seu planejamento algumas ferramentas digitais. Esse é o caminho a ser seguido, avaliando sempre a eficácia da tecnologia utilizada no processo de ensino e aprendizagem.
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Leandra Mendes do Vale é graduada em “Ciência da Computação”, especialista em “Desenvolvimento JAVA” e em “Educação a Distância” e mestre em “Engenharia Elétrica”. Tem experiência na área de gestão acadêmica e desenvolvimento de software. Atualmente é Diretora de TI na LS Informática, professora e coordenadora da EaD do IMEPAC Araguari.
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